sábado, 20 de dezembro de 2008

Uma viagem com coisas positivas e negativas

Acho que numa fase em que ando um bocado confusa com a Humanidade houve alguém que me surpreendeu mesmo muito pela positiva. Hoje houve alguém que se levantou às 6h da manhã para me ir levar ao aeroporto. Uma viagem que para ela leva umas 3h30 (ida e volta). Não faz parte das minhas amigas mais chegadas e acho que isso ainda me admirou mais. O facto de ela se ter oferecido e ter feito o sacrifício por mim sem querer nada em troca… enfim, é caso para pensar que ainda se encontram pessoas puras neste mundo… eu sei de algumas, mas é sempre uma alegria achar mais!
Alegre com o começo do dia reparo que na fila de embarque, mesmo à minha frente, estava uma rapariga do meu ano de Engenharia Biológica… Nunca falei muito com ela, mas como já não a via há uns anos decidi dizer olá! Do outro lado veio um tímido olá, uma conversa com poucas palavras e quase nem houve troca de olhares… Pergunto-me se ela já teria reparado em mim e me estaria a evitar… é bem possível! Acho que nunca me tinha sentido tão indesejada…
Na viagem para Lisboa pensei nos 5 anos de curso e pensei nas vezes que falei com ela. Cheguei à conclusão que nunca lhe tinha feito mal, nunca a tinha ofendido e nunca tinha falado dela, nem bem nem mal! E pergunto-me porque raio é que ela foi tão fria?
Vejo duas pessoas que conheço de um dia em Londres com um amigo em comum. Não sei se me reconheceram mas não tive coragem para dizer olá! Por um dia chega!
Para acabar o voo em beleza ao meu lado está um rapaz novo e uma quarentona… falavam em inglês. O inglês dela não era grande coisa… O rapaz falou para mim em português e eu lá conclui que eles falavam português porque a quarentona não era portuguesa… Mas, tal não foi o meu espanto quando ela pediu a bebida em português com uma pronúncia de português mas apenas com um erro – vinho vermelho!

Como é possível alguém preferir falar em inglês quando pode falar na língua materna e ser tão preguiçosa ao ponto de já não saber dizer vinho tinto e ter de recorrer a “red wine” para se fazer compreender?

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